Consagrar uma guia, como são chamados os colares dentro da umbanda, é um procedimento correto, pois somente ele estando consagrado poderá ser usado como protetor ou instrumento mágico nas mãos dos guias espirituais
O procedimento regular tem sido o de:-
Lavá-los (purificação);
Iluminá-los com velas (energização);
Entregá-los nas mãos dos guias espirituais para que sejam cruzados (consagração).
Eventualmente são deixados nos altares por determinado número de dias para receber uma imantação divina que aumenta o poder energético deles.
Os guias espirituais sabem como consagrá-los espiritualmente, imantando-os de tal forma que, após cruzá-los, estão prontos para ser usados pelos médiuns como filtros protetores ou pelos seus guias como instrumentos mágicos, ainda que só uma minoria dos guias os utilize efetivamente com essa finalidade e a maioria os prefira como pára-raios protetores ou descarregadores das cargas energéticas negativas trazidas para dentro dos locais de trabalhos espirituais pelos seus consulentes.
Os procedimentos consagratórios dos colares usados pelos umbandistas têm sido estes e poucos têm mais alguns outros. Normalmente, consagram-se ou cruzam-se colares a pedido dos guias espirituais e cada linha tem suas cores especificas, iguais às dos seus Orixás regentes.
Como algumas cores mudam conforme a região, então eventuais alterações de cores impedem a uniformização da identificação dos Orixás simbólicos nos colares usados pelos médiuns.
Na confecção dos colares algumas regras devem ser seguidas:-
Primeiro Os colares dos Orixás costumam ser de uma só cor;
Segundo Há algumas exceções.
Exu ............... Preto-vermelho; preto; vermelho;
Nanã Buroquê Branco-lilás-azul claro;
Obaluayê ....... Preto-branco;
Omulú ........... Preto-branco-vermelho;
Pomba-Gira ... Vermelho; preto-vermelho; dourado;
Enfim, há certa flexibilidade no uso das cores dos colares consagrados aos Orixás na Umbanda. e isso se deve ao fato de que eles, na verdade irradiam-se em padrões vibracionais diferentes e em cada um mudam as cores das energias irradiadas.
O uso de “quelê” (colar curto, feito de pedras trabalhadas), também não deve ser adotado pelos umbandistas pois é privativo do Candomblé. Ele é mais grosso que o normal e usado ao redor do pescoço, indicando que a pessoa é uma iniciada no seu Orixá em ritual tradicional e só dele. Portanto, o seu uso não deve ser copiado, pois não é um colar umbandista.
Na Umbanda, as cores mais usadas ou aceitas pela maioria são:
Exu ................................................Preto e vermelho;
Iansã ..............................................Amarelo;
Iemanjá ........................................... Azul-leitoso;
Nanã Buroquê .......................................Lilás;
Obá / Oxumaré / Oiá-Tempo / Egunitá ................Não são cultuados regularmente.
Obaluayê ......................................... .Branco-preto;
Pai Ogum ...........................................Vermelho;
Omulú ..............................................Branco-preto-vermelho;
Oxalá ..............................................Branca;
Pai Oxóssi ........................................ Verde;
Mãe Oxum ...........................................Azul-vivo;
Pomba-Gira .........................................Vermelho;
Xangô ..............................................Marrom.
Como na Umbanda esses Orixás não são cultuados regularmente, então, alguns deles foram incorporados por ocuparem pólos energo-magnéticos nas Sete Linhas de Umbanda, com as seguintes cores:-
Egunitá .......... Laranja;
Obá ............... Magenta;
Oiá-Tempo ..... Fumê;
Oxumaré ........ Azul-turquesa.
Só que há um problema!!!!!
Por não serem fabricadas regularmente contas de cristais ou de porcelana nessas cores, recomendamos que os umbandistas passem a usar colares de pedras naturais sempre que possível, porque só eles (e todos os elementos naturais) conseguem absorver e segurar as imantações divinas condensadas nas suas consagrações “internas”.
Contas e outros objetos artificiais ou sintéticos, produzidos industrialmente, não são capazes de reter as imantações poderosas dessas consagrações internas. Então, logo abaixo estará uma relação das:
PEDRAS DOS ORIXÁS
Egunitá .......... Ágata de fogo;
Exu ............... Ônix preto, Hematita, Turmalina negra;
Iansã ............ Citrino;
Iemanjá ........ Água marinha;
Nanã Buroquê Ametrino;
Obá ............... Madeira petrificada;
Obaluayê ....... Quartzo branco e Turmalina negra;
Ogum ............ Granada;
Oiá-Tempo ..... Quartzo fume;
Omulú ........... Ônix preto, Ônix verde;
Oxalá ............ Quartzo transparente;
Oxóssi ........... Quartzo verde;
Oxum ............ Ametista;
Oxumaré ........ Quartzo azul;
Pomba-Gira ... Ônix, Ágata;
Xangô ........... Jaspe marrom.
Agora, com as linhas de trabalhos formadas por “guias espirituais”, a coisa complica porque tudo depende das energias manipuladas por eles e pelos mistérios nos quais foram “iniciados” e que ativam durante seus atendimentos aos consulentes. Sendo assim recomendamos:
PEDRAS DAS LINHAS DE TRABALHOS
Baiano ..... Recomenda-se o uso de colares feitos de coquinhos;
Sereias .... Recomenda-se os colares feitos de conchinhas recolhidas à beira-mar;
Boiadeiros Recomenda-se colares feito de “Jaspe leopardo”;
Crianças ... Recomenda-se colares de Quartzo rosa, de Ametista, de água-marinha e Quartzo branco.
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